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A BEXIGA DE LABORATÓRIO
 
Segunda, 13 de Setembro de 2010  
 

Um grupo de médicos da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, anunciou na semana passada uma conquista significativa na trilha de um dos grandes desafios da medicina: reconstruir órgãos do corpo humano. A equipe conseguiu, pela primeira vez, reconstituir em laboratório a bexiga de sete pacientes, todos portadores de mielomeningocele, um defeito congênito que, entre outras conseqüências, prejudica o funcionamento dos rins e causa vazamento de urina. Por mais de um século, tratou-se essa doença retirando pedaços do estômago ou do intestino e colando-os à bexiga, sempre com indesejáveis efeitos colaterais. A nova técnica significa, na prática, o transplante de uma bexiga nova em folha. A grande vantagem é que não existe risco de rejeição, já que as células utilizadas para a criação da nova bexiga são do próprio paciente. Até então, apenas tecidos mais simples, como pele, vasos sanguíneos e cartilagens, haviam sido reproduzidos em laboratório. "Nosso objetivo, no futuro, é recriar outras partes do corpo para ajudar a suprir a falta de órgãos para transplante", diz o médico Anthony Atala, que coordenou a equipe responsável pela reconstrução da bexiga.
Durante o procedimento, os médicos retiraram 1 milhão de células da bexiga dos pacientes, o correspondente a um pedaço de 2 centímetros, e as colocaram num molde biodegradável no mesmo formato do órgão. Nos dois meses seguintes, as células se reproduziram e chegaram a 1,5 bilhão, criando uma nova bexiga, que foi implantada nos pacientes. A equipe de Atala passou dezesseis anos estudando as células da bexiga antes de conseguir o desenvolvimento do órgão em laboratório. Os primeiros implantes foram feitos em 1999 em pacientes de 4 a 19 anos do Hospital da Criança em Boston, nos Estados Unidos, mas os resultados só foram divulgados agora porque os médicos queriam estar seguros de que teriam sucesso na empreitada. Os implantes reduziram o vazamento da bexiga e melhoraram a qualidade de vida dos pacientes. "Agora posso sair e me divertir normalmente", diz Kaitlyne McNamara, de 16 anos, que deixou de usar fraldas depois que recebeu a nova bexiga. Há outras pesquisas em andamento na Universidade Wake Forest para tentar reconstruir corações, fígados, rins, pâncreas, nervos e outros tecidos. Se forem bem-sucedidas, elas abrirão um novo horizonte para o combate às doenças.

Postado por Fabíola Sampaio - Biologia

 
 
 
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